quarta-feira, 16 de abril de 2008

É ele, e não se fala mais nisso.

Sabe quando você acorda e tem certeza de uma coisa na vida?

Pois é.

A certeza de se ter mais do que um amigo.
A certeza da companhia mais gostosa.

Do olhar que vai na mesma direção.
Do novo sonho que conduz os passos.

A vida se refez.
O amor renasceu.

A felicidade está bem aqui. Dentro do meu coração.

E viva o amor!

segunda-feira, 14 de abril de 2008

ROMA ANTIGA

Porque é nessa época que eu me sinto quando vou tomar banho.

Banho de cambuquinha com ajuda.
Toalhinha pra enxugar isso, toalhinha pra aquilo.
Curativo aqui, curativo ali.
Creme disso, creme aquilo.

Ufa, haja paciência!

Isso sem falar no cabelo. Mas o cabelo...
Quando olho pra ele, me sinto mesmo é no zoológico, porque quando olho no espelho só vejo leão.



Esses pequeninos estão me saindo caro...

sexta-feira, 11 de abril de 2008

"Take good care of the little ones"

Os médicos insistem em dar as ordens. Mas em casa, meu querido, hmmmpf... tudo é muito diferente. Imagina se eles vissem metade das coisas que acontecem por aqui.

-"Querida, você não pode levantar os braços, não pode puxar gaveta, fazer esforço e nem se levantar sozinha. Dormir... só de barriga pra cima. Você precisa de cuidados especiais."

OK. E lá vou eu pra casa feliz e contente segurando tudo com medo dos quebra-molas. A jornada desde então tem sido intensa.

Em meio aos remédios, ao ao cansaço e ao tédio, temos que buscar motivos para rir. Ainda bem que pra isso eu nem precisei me esforçar.

A minha enfermeira substituta foi me dar banho toda feliz. -"Vou cuidar direitinho de você."
-"Tá bom. Ufa..."
-"AAAAAAAAAAAAAAAAAAAIIIIIIIIIIIIII" A PRIMEIRA coisa que ela fez foi levantar meu braço pra lavar.
-"Eeeeeeeeeeeiiiii!!" Desligou a água e já ia pegando a toalha pra me enxugar... -"Mas eu ainda to cheia de sabonete na perna! - Parecia uma maluca com a perna toda branca de espuma de sabonete. E lá vem ela chorando de rir pela segunda vez.

Imagina a minha cara de uma criança de 3 anos de idade se sentindo abandonada.
Não sabia se ria ou se chorava.

-"Quero arroz, feijão e frango."
-"Passa aí o prato!!"
Buáááááááá!!!!!!!!!!!!! Eu não posso!

-"Pega ai em cima da estante esse papel!"
-"Abre a gaveta e pega a calcinha!"
Buááááááááá!!! de novo!!!!

Mas eu não desisto dela. Mesmo depois de ela ter fechado todas as portas desde o meu quarto até a varanda dela e eu com esses bracinhos de dinossauro tentando não fazer esforço pra abrir cada uma delas só pra chegar lá e perguntar se ela tava era se escondendo de mim... HMPF!

Mas cada uma dessas coisas tem uma razão de ser.
Ainda bem que ela existe.
Ainda bem que pode cuidar de mim.

Eu quero através desse post poder dizer o quanto eu estou feliz por ter alguém assim perto de mim. E essas risadas todas são, no mínimo, muito positivas para a minha recuperação. Tomára que a vida seja sempre assim. Feliz.

Mãedrasta, mesmo você me chamando de Wilsinha e malinha, quero te dizer "muito obrigada" por tudo o que te feito por mim. Desde sempre.

Agora eu preciso botar a camisola de vovó e fazer cara de doente porque amanhã vou ao médico e ele precisa ver na minha cara que eu estou de repouso.

Um beijo enorme.